A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom PR), em parceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR), iniciou uma ação inédita para garantir mais diversidade na cobertura jornalística do Governo Federal. De 9 a 30 de junho, veículos da mídia negra, periférica e independente de todo o país poderão se cadastrar para facilitar seu o às agendas oficiais do presidente da República.
A iniciativa faz parte do Plano de Comunicação pela Igualdade Racial na istração Pública Federal, que tem como objetivo combater o racismo e promover a equidade racial por meio de uma comunicação institucional mais plural e inclusiva.
Com o novo cadastro, jornalistas e comunicadores desses veículos poderão obter credenciais que facilitam o o presencial a eventos com a presença do presidente, tanto em Brasília quanto em outras regiões. A medida visa não apenas agilizar processos burocráticos, mas também garantir que as vozes das quebradas, dos quilombos, das comunidades ribeirinhas, indígenas e das periferias urbanas estejam mais presentes e ativas na cobertura das decisões que impactam o país.

A credencial é individual, válida até dezembro de 2025, e permite o recebimento direto de comunicados e informações oficiais da Presidência da República. Para se credenciar, o profissional deve preencher o formulário online e, junto com o veículo ao qual está vinculado, enviar um e-mail para: [email protected] com o título “Profissionais mídias negras, periféricas e independentes”.
Segundo a Secom, a ação busca reconhecer e valorizar o papel estratégico desses veículos, que atuam com autonomia, compromisso social e profundo enraizamento nos territórios populares. “É uma oportunidade de tornar mais democrático o o à informação e ampliar a escuta institucional junto às comunidades historicamente invisibilizadas pela grande mídia”, afirma nota oficial.
Quem pode participar
O credenciamento está aberto para profissionais vinculados a veículos que se enquadrem como:
- Mídia negra: Dirigida, fundada ou protagonizada por pessoas negras, com foco na valorização da população negra e na denúncia do racismo estrutural.
- Mídia periférica: Com atuação prioritária em territórios populares urbanos e rurais, com pautas comunitárias, culturais e de defesa de direitos.
- Mídia independente: Autônoma em relação a grandes grupos econômicos ou políticos, com modelos próprios de financiamento e foco em temas sociais, ambientais e de direitos humanos.
Critérios como diversidade racial, de gênero e regional nas equipes, atuação em territórios excluídos e alinhamento com valores democráticos também são levados em conta.
Essa é mais uma conquista para os comunicadores que fazem da favela e dos territórios populares um espaço de resistência, produção de conhecimento e afirmação de direitos.